
Estação Cultural de Olímpia abre novas exposições artísticas nesta semana
Junho chega com novidade na ECO – Estação Cultural de Olímpia. As galerias de arte estão sendo preparadas para abrir novas exposições ao público a partir desta semana. As mostras trazem gravuras, desenhos, pôsteres e uma experiência de realidade virtual.
A abertura oficial será realizada nesta quarta-feira (04), às 17h30, e, a partir de quinta, dia 05, as exposições estarão abertas à visitação gratuita. A ECO fica localizada na Rua Cel. José de Medeiros, 477 – Patrimônio de São João Batista e funciona todos os dias, das 9h às 21 horas.
Na Galeria 1 da Estação, os visitantes poderão apreciar a exposição “Marina Caram - Expressões da humanidade”, com curadoria de Teresa Cristina Batista e produção executiva de Marcelo Monzani. A galeria traz gravuras e desenhos, apresentando a artista Marina Caram em quatro séries temáticas: Fase Inicial (1948-1951), Paris (1951-1952), Salvador (1954-1955), O Homem e as Profissões (1967) e O Homem e a Máquina (1969). A mostra ficará na ECO por um ano, até junho de 2026.
Marina Caram (Sorocaba, 1925 – São Paulo, 2008) é até hoje, um dos maiores nomes do Expressionismo no Brasil, se identificando com o movimento não como fator limitante, mas sim como inspiração para realizar algo único, ao que se manteve fiel durante toda sua vida. Seus temas, técnicas e o propósito de sua arte estão intimamente ligados com discussões da atualidade: Marina deu voz às minorias e expôs feridas sociais do mundo moderno, através de suas Séries temáticas retratou o subúrbio, o racismo, a desigualdade, o preconceito, a fome, a solidão... toda esta realidade transbordou através de suas mãos em traços sensíveis aos sofrimentos da humanidade.
Na Galeria 2, a parceria com o programa Pontos MIS, do Museu da Imagem e do Som, traz para Olímpia a mostra "Cartazes Terror no Cinema" e o projeto MIS EXPERIENCE 360º. O projeto itinerante traz pôsteres clássicos de filmes como "O Gabinete do Dr. Caligari" (1920), "O Bebê de Rosemary" (1968), "Alien, o oitavo passageiro" (1979), "O iluminado" (1980), e de filmes mais recentes, como "Mindsommar (2019)". Os cartazes levam os filmes para além das salas de cinema. É através dele que o espectador tem o primeiro contato com o filme. Criado para estimular a imaginação e o interesse do público de diferentes formas, o cartaz cinematográfico se tornou uma forma de comunicação visual única e fundamental às produções ao longo da história.
Aliado a esse contato, o MIS Experience 360º propõe uma experiência imersiva através de óculos de realidade virtual. Em Olímpia, o público poderá conhecer a exposição “O cinema de Billy Wilder”, de forma tecnológica, sem precisar se deslocar até a capital.
São dez conjuntos de óculos e controles que permitem ao público entrar em uma experiência tridimensional, como se estivesse passeando dentro do MIS, em São Paulo, pela exposição que homenageia um dos mais icônicos cineastas da história de Hollywood, Billy Wilder. Olímpia é a quarta cidade a receber o projeto, que ficará disponível até 10 de agosto de 2025.
O projeto realizou a captação, em formato 360º, da entrada da exposição e das salas referentes aos filmes “Semente do mal”, “Crepúsculo dos deuses”, “Quanto mais quente melhor”, “Sabrina”, “Irma La Dulce”, “O pecado mora ao lado” e “Se meu apartamento falasse”. O passeio virtual é feito através de um vídeo 360° com narração, que inclui uma breve sinopse sobre cada um dos filmes selecionados, uma curiosidade e algum item de destaque da sala.
Já a Galeria 3, traz a exposição “Sergio Fingermann: Imagens malabares de uma obra gráfica”, com curadoria de Giancarlo Hannud e produção executiva de Marcelo Monzani, que ficará disponível até junho de 2026.
Sergio Fingermann (São Paulo, 1953) é um dos artistas mais presentes na cena artística paulistana e brasileira, além de ser professor é responsável pela formação de algumas gerações de artistas. Fingermann vem desenvolvendo ao longo dos últimos cinquenta anos uma potente obra gráfica e pictórica. A mostra oferece um olhar panorâmico sobre essa produção, tomando a ideia da gravura como ponto de partida. Nos 50 trabalhos que serão apresentados, o público terá a oportunidade de observar as muitas linhas de continuidade e rupturas expressivas de seu trabalho, que ilustram o quão potente a linguagem da gravura provou ser na segunda metade do século XX no Brasil.